Joaquim estava curioso não sabia se o ponto vermelho que via na tela ainda era Beatrice e programou o GPS do sistema para localizar.
Beatrice tinha pegado a carta e se dirigia para o centro. Não sabia o que aquele endereço queria dizer, mas sabia que tinha algo a ver com os últimos acontecimentos. Antes de chegar em frente ao Mercado Público reconheceu o carro do outro lado da praça.
Caio tinha deixando Joaquim e ido a Porto Alegre precisava encontrar Beatrice antes dela partir. Sabia que na última vez que tinha visto seus olhos ele a tinha traído. Não acreditava nas palavras de Joaquim. Tinha deixado um bilhete e a encontraria no centro.
Joaquim tentava encontrar no GPS o endereço que tinha na tela, mas não podia estar certo. Ele precisava falar com Beatrice e discou seu número.
- Bea, onde você esta?
- Joaquim? O que esta acontecendo...
Mas antes de terminar a conversar uma pessoa que tinha acabado de entrar no Mercado chamou sua atenção. Não podia ser... Não... – pensou Bea e correu na direção.
Caio viu Beatrice correndo para dentro do Mercado e também tinha visto, mas não podia ser depois de tudo e se realmente era verdade, ela corria perigo.
Joaquim escutava Beatrice correr e gritava seu nome chamando sua atenção para o que ele tinha descoberto. Na rua em frente ao Mercado uma ventania agitava a cidade e derrubava as mesinhas e cadeiras das cafeterias.
Beatrice corria entre as bancas procurando o vulto, mas nada... Quando percebeu que a ligação de Joaquim ainda não tinha caído e colocou o telefone no ouvido, tudo aconteceu ao mesmo tempo. Escutou Joaquim gritar que Valentina ainda estava viva e que Valentim estava próximo a ela. Viu pela rua principal do Mercado Caio correndo em sua direção e muito próximo Valentim.
Caio não teve tempo de correr alguns metros quando foi atingido por Valentim. Beatrice não tinha reação suas pernas estavam paralisadas. Não era possível que depois de tudo que tinham feito, eles ainda estavam vivos.
Joaquim sabia que além de Valentim, a irmã de Beatrice estava próxima, pois via os dois pontos vermelhos na máquina a sua frente. Tentava ainda gritar, mas Beatrice já tinha deixado o telefone cair.
Valentim tinha a arma apontada para Beatrice e dessa vez não a perderia de vista. Ela estava ainda lá paralisada e seria um alvo fácil, mas ela tinha prometido a Ollie que não ia desistir. Antes de começar a correr pegou o telefone no chão. Valentim atirava e os tiros passavam de raspão entre ela e as bancas.
- Joaquim preciso da sua ajuda, Caio foi atingindo... gritava Beatrice pelo telefone, quando bateu em alguma coisa e caiu sobre uma das bancas derrubando tudo.
Quando seus olhos abriram e viu uma mão na sua frente, seu coração disparou acelerado. Não imaginava que iria ver novamente os grandes olhos castanhos e seu enorme sorriso, mas era ele.
E apesar de ainda escutar os tiros de Valentim, agora de mãos dadas com Ollie sabia que as coisas iriam ficar bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário