domingo, 24 de outubro de 2010

Uma canção para Laura - Coveiro 2.3

Coveiro 2.2

Continua ...


Laura estava mais distante entre as cargas e entrou num alojamento de aviões particulares. Estou um barulho e tirou a arma das costas. Ficou com ela apontada para cima enquanto subia as escadas.
Estava subindo o último degrau quando escutou novamente
- Estava com saudades, Laura
Era novamente a voz mecânica e ela perdeu completamente o equilíbrio e caiu dois lances de escada. Sua arma foi jogada para baixo de uma das cargas e ainda no chão tentou alcançá-la, mas alguém a segurou pelo pescoço e empurrou seu rosto contra o chão.
Ela via pelo canto dos olhos as mãos com luvas amarelas e ele a mantinha pressa colocando todo seu peso contra ela. Abaixou e cheirou sua nuca até sentir o cheiro dos seus cabelos.
- O mesmo perfume...
Ela tentava se mexer, mas ele era forte. Ela escutava passos do lado de fora e não conseguia gritar por ajuda, pois tinha todo o rosto pressionado contra o chão.
- Calma, nos vamos nos encontrar de novo. Vou fazer com você como eu fiz com sua amiga Paula. Ela gostou tanto das horas que ficamos juntos – e passou a mão pelo seu corpo.
Laura tinha lágrimas nos olhos, ela o mataria com as mãos. Quando a porta do alojamento abriu, ela estava livre. Caetano correu na sua direção e a levantou pelos braços.
- Meu Deus, você esta bem? Laura o que esta acontecendo?
Ele percebeu que ela tremia como no buero e a abraçou com força. Em seguida entrou vários seguranças e um deles gritou
- Tudo limpo, não tem ninguém aqui, senhor.
Ela o olhou
- Me leva daqui. Ele ainda esta aqui em algum lugar.
Ele olhou para o segurança que tinha falado e ordenou
- Verifique todas as alas de bagagem, alimentação e alojamentos particulares como este. Encontre alguma coisa.
- Não será preciso, já estamos fazendo – entrou no prédio Edmundo da policia Federal. Caetano ainda tinha Laura nos braços e ambos olharam para ele.
Eles não gostavam dele há muito tempo, sempre se envolvendo das investigações de São Caetano já tinha mandado algumas suspensões para Laura. Uma delas por agressão.
Laura se afastou de Caetano e foi para cima de Edmundo.
- Fique longe desse caso, Ed. Não é sua jurisdição.
Caetano andou e ficou com as mãos entre Laura e Ed.
- Sabe guria – falou arrogante Ed – eu não preciso de jurisdição aqui. O caso já é meu.
Laura foi para cima dele e Ed reagiu engatilhando a arma. Caetano segurou Laura pelo pulso e ela parou.
- Venha vamos ver Claudio – pediu Caetano
- Não saia da cidade Laura. Te vejo mais tarde – falou Ed.
Dessa vez foi Caetano que voltou e ficou de frente para Edmundo.
- Como assim? O que esta acontecendo Ed?
- Laura tem informações e vou interrogá-la mais tarde. Até minhas ordens ela esta detida.
- Você não vai levá-la a lugar nenhum Edmundo. Não mesmo - ameaçou Caetano
Nisso entra mais dois detetives e pegam Laura pelo braço. Ela olha para Caetano e pede
- Tudo bem, peça ajuda a Claudio. Eu vou ficar bem.
Ele a viu ser levada para dentro de um dos carros dos federais e voltou a olhar Edmundo.
- Se tocar nela, Ed. Eu te mato. Entendeu?
Edmundo não olhou para ele e andou para fora do alojamento e entrou no mesmo carro que ela estava. Caetano a via e falou entre os vidros
- Te vejo em breve.
Ela confiava nele mais do que ele acreditava. Ela sabia que o veria em breve.
Claudio quando foi avisado por Caetano que Laura tinha sido detida pelos federais, já sabia que isso poderia acontecer e tinha pedido a interferência de alguns amigos políticos. Avisou Caetano sobre o desaparecimento da outra garota e pediu para voltar à delegacia.
Laura estava na sala de interrogatório com os cotovelos na mesa com as mãos apoiando a cabeça. As palavras daquele psicopata a tinham deixando com mais dúvidas. Ela não tinha prendido a pessoa errada, pois viu Frederico levando seu irmão. Viu o rosto dele, não podia ser um engano. Todas as imagens vinham na sua mente como fleches quando Edmundo abriu a porta. Ele trazia um café nas mãos e colocou diante dela.
- Trouxe para você – falou rindo e sentando muito próximo a ela – viu? Não sou tão mal assim.
- O que você quer Ed? – empurrou o café para longe dela e olhou nos olhos dele.
- Me conte o que aconteceu hoje na Praça e no Aeroporto em detalhes. É um imitador mesmo? Temos outra pessoa desaparecida, você sabia?
Ela foi se levantar e ele a segurou pelo ombro e forçou a ficar sentada. Colocou uma das mãos na mesa e a outra manteve firme a segurando.
- Se você não entendeu ainda o que esta acontecendo aqui eu te “desenho”. Eu quero detalhes Laura – batia com o dedo na mesa.
Ela não se moveu um centímetro e pegou o café que ainda estava na mesa. Tomou um gole e se aproximou mais dele. Talvez ele esperasse por isso, pois quando ela guspiu na cara dele, ele estava com os olhos fechados.
Ed com uma das mãos bateu no café que Laura tinha nas mãos que foi jogado longe e a pegou pelas roupas e a levou até a parede.
- Posso fazer você me contar o que quero de outras formas Laura
Ele a apertava contra a parede e seu corpo. Ela ria
- Eu só vou falar com meu chefe, você entendeu?
Ela o empurrou na direção contrária e ele não se moveu. A mantinha ali segurando e com seus corpos grudados. Ele gostava disso, podia sentir cada parte do corpo dela.
Neste momento entra na sala Claudio e Ed a solta. Laura passa e fala para Claudio
- Vamos temos um crime para investigar.
Mas Claudio dá alguns passos para dentro da sala e fica de frente para Edmundo
- Você não tinha jurisdição para isso, Ed. Fique longe desse caso e dela também.
Jane estava na delegacia organizando algumas coisas quando viu Guilherme entrar. Já era muito tarde
- Você vai para São Paulo? – perguntou Guilherme
- Sim, meu vôo sai daqui algumas horas. Vai ficar tudo bem. Vi o Armando falando com o Claudio em São Paulo.
- Não sei Jane. Nós já perdemos tanto começar tudo de novo. Você sabe...
Ela sabia do que ele estava falando. Quando ele prendeu o Coveiro ele jurou vingança contra ele e Laura. Se tiver alguém atrás dela, poderia ter alguém atrás dele ou da sua família.
- Vou pedir para Armando colocar alguns policias de reforço na casa da Vanessa e junto com a Samanta. Você pode andar com isso, eu já te dei a autorização outra vez.
Nas mãos de Jane tinha uma pistola automática que Guilherme pegou e colocou na pasta. Antes de sair olhou para Jane
- Se cuida, certo? A convence a voltar, aqui podemos protegê-la.
- Vou tentar Guilherme, sabe-nos a amamos também.
A delegacia de São Caetano nunca esteve tão cheia de curiosos e repórteres de todas as emissoras e jornais. Para Laura e Claudio entrarem tiveram que ir pela garagem externa dos fundos.
Laura encontrou Caetano voltando do legista com a autopsia da Jennifer nas mãos. Pararam no corredor e se olharam por alguns segundos. Ela balançou a cabeça em sinal de que estava melhor e ele entregou a pasta que tinha nas mãos e começou a falar
- Confirmado, morreu por falta de ar. Teve desidratação, mas foi por sufocamento.
Enquanto eles falavam andavam em direção a sala deles. Caetano já tinha montado um quadro com as fotos e características de Jennifer e as causas da sua morte. Ao lado tinha um perfil dos assassinados do Coveiro. Laura estremeceu quando viu a foto da garota desaparecida desde Domingo. Era muito semelhante a Jennifer e a ela também. Caetano continuava
- Veja estes exames. Não tem nada no sangue, por enquanto, dela que identifica que ela tomou algo para ser imobilizada. Pelo menos no perfil que sua amiga Jane...
- Jane? Você falou com a Jane? – Laura fechou a porta da sala
- Sim, precisava de pistas. Se estivermos lidando...
- Estivermos? Você vai sair do caso e vai pedir licença Caetano. Não quero você envolvido nisso.
- Desculpa, mas você não é meu chefe. Qual é o seu problema comigo Laura? – falou ríspido Caetano.
Laura fechou as cortinas e se sentou. Estava cansada e precisava se abrir com alguém.
- Eu não quero que você se machuque. Eu o vi Caetano, não é um imitador. Tem alguma coisa errada, ele falou coisas ele agiu como antes. Não sei...
Laura levantou e andou até seu parceiro.
- Deixa o caso, por favor. Não quero perder mais ninguém. Se ele voltou, ele vai cumprir as promessas que fez da última vez. Essa garota – e apontou para a nova foto no mural –...
Caetano sabia que ela estava dando uma pequena abertura para ele entrar no mundo dela. Não podia forçar e foi com calma
- Laura você precisa entender que não vou deixar o caso. Você esta na lista dele agora, você é minha parceira. Entenda? Vai ficar tudo bem... Confia em mim
Ela não respondeu. Tinha lágrimas nos olhos e as secou quando levantou e falou
- Ele matou meu antigo parceiro na minha frente. Ele envenenou o café que eu trouxe – as imagens vinham na cabeça de Laura. Ele é um doente Caetano.
- Sinto muito, ele colocou as mãos nos ombros dela e a virou para ele. – Vamos ficar bem prometo.
Nisso Claudio entra na sala e fala:
- Encontraram alguma coisa no aeroporto. Vão lá verificar antes da equipe de Edmundo.
Por alguns segundos ele olhou Laura e perguntou para os dois
- Tudo bem?
Caetano respondeu
- Sim chefe já estamos indo - e olhou para Laura.
Ela pegou suas coisas e saiu na frente dele. Caetano sorriu e bateu no ombro de Claudio quando passou por ele. O primeiro passo já tinha sido dado. Eles estavam juntos nisso.


domingo, 17 de outubro de 2010

Trilha Especial em Homenagem ao Episodio 200 Smalville

Só quem olha Smalville desde que ainda acreditava que iria mudar o mundo como Chloe Sullivan ou que chegaria a fazer algum dia a diferença, sabe o que todos os fãs sentiram ontem.

Posso dizer que foi o episodio mais triste, mas o mais esperado de todos. Todos, fãs de Clois ou de Chlollie,  ficaram satisfeitos com o enredo do episodio. Ainda estou tentado descrever os sentimentos de Ollie de perder Chloe ou de Clark de assumir finalmente a perda do pai. E enfim quem não gostaria de poder rever várias vezes até não sentir mais nada. Acho impossivel.

Enfim, digo que estou ainda em estado de kriptonita azul... Como um verdadeiro humano cheio de dúvidas e  sonhos com o belo discurso do Arqueiro Verde, de amanhã acordar e fazer a diferença em um mundo tão cheio de ruis... Enfim fazer o que acreditavamos que fariamos com doze ou quinze anos, mudariamos o mundo. No episodio 200 eu tive a nitida impressão de voltar ao tempo e de acreditar que posso recomeçar... que sim posso mudar o mundo como Chloe Sullivan e com certeza fazer a direfença.

" Não é o que seu mundo faz por vc, mas o que vc faz por seu mundo"

Eu vou tentar e vc ?

Bjos

AC

Kim Taylor - Baby I Need You

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mundo Parelelo 1.1

Introdução



Bea estava com os dedos entrelaçados na mão de Ollie e sentia medo de soltar sua mão. Não tinha medo dos tiros, mas de perde-lo novamente. Eles corriam na direção contrária das pessoas que muitas vezes se não fosse pela força dos braços de Ollie, Beatrice teria desistido.
Mas então os pés de Beatrice travaram e seu corpo apesar de pequeno impulsionou Ollie entre as bancas do mercado. Eles tinham uma pequena vantagem de Valentim, mas era apenas alguns minutos.
Para que ele parasse de correr, Bea colocou todo peso do seu corpo sobre Ollie, ficando frente a frente. Quando seus olhos se cruzaram, antes que pudessem dizer alguma coisa, eles se beijaram. Mas Bea precisava tomar uma decisão e afastou seus lábios dele e o olhou novamente.
- Temos apenas uma chance Bea, vamos ? - Ollie tentou puxa-la, mas Bea segurou seu braço.
- Ollie...
Ele sabia o que ela precisava fazer. Sabia que não poderiam viver com isso. Ollie segurou sua mão e disse
- Vá eu encontro você novamante -  e soltou sua mão
Antes de Beatrice correr entre as bancas na direção de Caio, que ainda estava caido no chão, Beatrice voltou e arrancou do pescoço seu amuleto e entregou nas mãos de Ollie.
- Acho bom, não tenho o habito de dormir sem meu amuleto.

AC

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Bea&Oliver - 1º Temporada

Hello!

Felizmente amanhã teremos um pequeno capitulo da continuação do casal Beatrice e Olliver no livro I - Aliança.

Iniciamos com 1º Capitulo do Mundo Paralelo,

Bea e Oliver estão juntos, mas precisam fazer uma escolha. Continuar ou salvar a vida de Caio?

Boa Noite

AC

Paramore - The Only Exception

Perdas 1.2

(Asas)



Eu estava ali estaciada com a vida. A segurança me levou a criar asas e começei a voar novamente. Pena que essas asas eram artificiais deixando uma grande cicatriz eterna, eterna como eu.
A ousadia veio como remendo e tudo parecia ficar claro.
Mas a noite veio e a solidão serviu como sonifero e adormeci na minha propria solidão.
Sozinha e perdida acordei e com asas remendadas voei,
Na vida tudo é feito e bati em você, com asas remendadas como eu, aprendia a voar.
Pena que a solidão era muito e o medo me levou para longe de você. Perdi outro par de asas e para o mundo real voltei.
Percebi que não nasci para voar e aprendi a caminhar. Mas o mundo é cruel e a solidão aqui em baixo era muita. Tudo ficou frio e você com asas remandadas reapareceu.
A segurança e a ousadia me deram asas e para o mundo imaginário voltei.
O mundo parecia pequeno de baixo, pequeno que nada, tenho muito a ver. E na solidão com asas remendadas te vi caminhar.
Percebi que não nasci para amar.

AC

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Coveiro 2.1

Capitulo: O Retorno
Laura ainda não sabe como lidar com os novos acontecimentos. Caetano esta tentando ajuda-la, mas ela tem receio de o envolver. Guilherme ainda guarda  sentimentos por Laura e não sabe como vai protege-la.
E todos teram certeza que não é apenas um imitador.


Claudio tentou falar algumas vezes com Laura pelo telefone, mas ele estava na caixa postal. Viu Caetano entrar na sala e foi na sua direção
- Onde ela esta Claudio? – pediu Caetano
Claudio puxou uma cadeira e colocou a mão no ombro dele. Sabia que ele estimava demais Laura e tinha prometido a ela não o envolver. Mas ela precisava de alguém por perto.
- Ela esta indo para o aeroporto, mas ela não vai poder viajar. Os federais assumiram o caso. Vá buscá-la.
Caetano levantou e andou até a porta e parou por alguns segundos e se virou
- O tal do Coveiro esta presso ainda?
- Sim, não sei o que aconteceu lá em baixo, mas é outra pessoa. Ele a tem seguido a muito tempo. Não sabemos com quem ou que tipo de maluco estamos lidando. Veja
E entregou uma pasta das fotos que tinha no buero da praça de Laura. Caetano olhava e reconhecia a maioria das fotos. Eram recentes.
- Vou buscá-la. Ela vai ficar comigo.
- Boa sorte, espero que consiga convencê-la, caso contrário pode prendê-la.
Guilherme e Armando entraram no apartamento de Tom e Samanta e encontraram Vanessa e Jane também. O antigo grupo da faculdade estava novamente reunido. Depois da ida de Laura para São Paulo ele mergulhou no trabalho e pouco tinha tempo para encontrar os amigos.
A única que encontrava todos os dias era Vanessa. Ela insistia em manter uma relação com ele, mesmo que fosse apenas física. Ele nunca deu esperanças a ela, mas ela não se importava. Como sempre ela foi ao seu encontro e o beijou de leve.
- Por favor, Vanessa – pediu irritado diante do olhar de reprovação de Sam e Jane.
- Então quais as novidades? – perguntou Tom sentando-se à mesa
- Acabei de tirar as mãos de Guilherme de cima de Frederico. Você tem consciência do que fez?
Sam sentou ao lado de Guilherme e colocou a mão no seu ombro. Ela sabia como ele estava se sentindo. Se fosse com ela seria igual. O mataria com as mãos se pudesse.
Jane levantou e ligou a televisão.
- Vocês viram isso, como ele conseguiu, ele esta presso gente. Não pode ser. O cara em São Paulo a esta seguindo há meses. Não pode ter relação.
- Frederico sabe que Laura esta em São Paulo. Como pode? – perguntou Guilherme levantando a cabeça.
- Por favor, Guilherme todo mundo sabe que ela fugiu para lá – falou arrogante Vanessa
- Se você tivesse perdido seu irmão, queria ver como ia fazer - reagiu Sam
- Vamos parar – exigiu Tom – Alguém já conseguiu falar com ela? Jane você não pode ir encontrar ela?
- Pode ser preciso resolver algumas coisas.
Nesse momento o telefone de Armando toca. Ele senta no sofá e quando desliga o telefone sua expressão diz tudo.
- Pessoal, as coisas estão sem controle. Claudio acabou de me ligar temos outra garota desaparecida em São Caetano. Mesmo padrão do Coveiro.
Laura tinha viajado algumas horas até o aeroporto de Guarulhos. Estava sentada na sala de espera de uma companhia aérea quando viu a movimentação de algumas pessoas em frente a televisão.
A mesma repórter de antes anunciava o desaparecimento de mais uma garota em São Caetano. Pela primeira vez ela pegou o telefone para ligar para alguém, mas estava sem sinal.
Viu o olhar de algumas pessoas para ela e resolveu sair para a rua. Sabia que as imagens dela estariam nas próximas reportagens. Precisava falar com Claudio, saber como estava as coisas e principalmente para pedir para deixar Caetano fora disso.
O aeroporto estava uma confusão, cheio de vôos atrasados, pessoas apressadas e ela resolveu sentar na frente de uma loja de conveniências fechada. Ainda estava sem sinal e ficou olhando o movimento. Por alguns minutos ela se deixou pensar nos detalhes dos últimos acontecimentos.
Sabia que não era um simples imitador. Tinha algo de muito familiar com Frederico. Tinha algo que ela tinha visto que não conseguia tirar da cabeça. De repente seus olhos viram pelo reflexo do vidro uma pessoa passar dentro do aeroporto com botas brancas. Tudo na sua volta ficou lento e ela parecia escutar o andar da bota.
Levantou, engatilhou a arma e a colocou na por trás da calça jeans e da jaqueta. Quando entrou no aeroporto ela perdeu os passos entre a multidão e se abaixou para localizar o que procurava. Viu quando as botas dobraram da ala B para C e correu entre as pessoas.
Algumas pessoas a reconheceram e ficaram assustadas de vê-la correr. Os seguranças do aeroporto logo foram notificados e começaram a ir atrás dela. Ela se deparou com uma porta paralela entre as alas e entrou mesmo tendo uma placa somente para pessoas autorizadas.
Caetano tinha chegado ao aeroporto e foi informado quer sua parceira estava atrás de alguma coisa e correu na direção das alas laterais. Passou correndo entre os ônibus que levavam as pessoas para os aviões e não conseguia encontrá-la.

domingo, 10 de outubro de 2010

Escolhas Certas? Todos os dias...

Perdas

Hoje vou postar um pequeno poema que escrevi há muitos anos... Muitos mesmo. Sabe, escrever sempre esteve presente em minha vida, mesmo quando eu ainda era muito pequena para entender isso.

Amanhecer

Venda a neblina caindo sobre a grama fresca, percebo como as pequenas e simples coisas da vida nos fazem sentir-se bem.

Gradativamente a neblina desce, enquanto o sol primeiramente em pequenos raios luminosos corta a nuvem branca realçando o formato dos objetos em minha volta. Caminho sobre ou talvez sob a neblina e sinto-a cair, agora sobre mim.

Em seguida ela se vai, deixando o sol iluminar minhas vistas. Fico a olhar o nascer do sol e me pergunto seguidamente, como um amanhecer tão bonito pode se tornar um final de tarde escuro e frio?

Percebo então que não é assim que a vida o quis, que eu o tornei assim com minhas escolhas. 

Sentei, comtemplando o céu azul e torcendo hoje tomar as escolhas certas.

Bom Inicio de Semana !!! Boa Sorte nas suas escolhas.

AC

sábado, 9 de outubro de 2010

Coveiro 1.2

Sequencia do Capitulo 1.1

Laura reencontra alguém do passado, mas ainda não tem idéia do que esta para acontecer. Caetano tenta ajuda-la, mas ela permanece fechada. Seus amigos e um ex-amor ainda em Porto Alegre esperam sua volta.
O todos não esperam é que algo pior que um imitador esta por perto, as vezes perto de demais para ser percebido.

Boa Leitura,

AC

Caetano era forte e tinha Laura nos braços que lutava desesperadamente tentando se soltar. Gritava para solta-la e não o escutava chamar por seu nome. Ele conseguiu vira-la com muito esforço e quando uma das luzes acendeu e ela o reconheceu, o abraçou com força.
Ele em todo tempo que trabalhavam juntos jamais a tinha visto neste estado. Ela tremia e estava em estado de choque. Em seguida chegaram os reforços e ele observava o estado dela e a mantinha próxima a ele.
- Eu a achei Caetano, esta morta... - sussurrou para seu parceiro.
Ele não respondeu a levou para fora na direção do seu carro. Ligou e avisou Claudio do que tinha acontecido. Ele tinha os olhos fixos nela enquanto um paramédico fazia um curativo no seu rosto, acima na sobrancelha, quando Manuel detetive responsável pelas investigações estaduais pegou seu braço.
- Você precisa ver isso, venha comigo.
Ele foi até Laura e segurou seu joelho, ela reagiu assustada.
- Volto logo – disse a Laura e olhou para o Paramédico – Não deixe ninguém chegar perto dela, ninguém.
Quando desceu novamente e as luzes do túnel estavam acessas sabia que precisava tirar ela logo dali.
As paredes eram todas riscadas com o nome de Laura e várias fotos dela espalhadas pelo chão. Um risco forte na parede indicava que alguém tinha usado um objeto para produzir algum barulho recentemente. Um pouco mais fundo no túnel estava o caixão onde estava o corpo de Jennifer. Ela tinha sido enterrada viva ali e a motivo da sua morte, apesar de terem que esperar pelo legista, parecia obvia.
Provavelmente tinha ficado ali desde sexta-feira e não fazia muitas horas que tinha morrido. Era uma cena nunca vista pelos policias ou detetives da cidade. E então outro colega sussurrou algo em seu ouvido que o fez subir correndo os degraus. Perto do seu carro, diversos repórteres tentavam falar com Laura.
- Meu Deus, o que é tudo isso. Onde está Claudio? – perguntou Caetano ao seu colega indo na direção de Laura empurrando alguns abutres dos jornais locais. Ele segurou seu pulso e a trouxe para perto dele.
- Vamos você precisa tomar um banho e depois vamos conversar. Você esta bem?
Ela não respondeu ainda olhava em volta, sem perceber a presença dos repórteres e curiosos. Se tudo que tinha acontecido era verdade alguém ainda esta ali. E ela tinha razão, o homem ainda a observava por entre a multidão.
Caetano via seus olhos e segurou com firmeza seus ombros e a fez olhar para ele. Ela não queria, mas ele segurou seu rosto pelo queixo a forçando a olhá-lo nos olhos.
- Vamos Caetano... – respondeu dando um passo a frente.
Claudio passou pelo carro de Caetano e Laura e a via pelo reflexo. Eles se olharam por alguns segundos. Ela sabia que as coisas todas viriam a tona e ele não poderia fazer nada para evitar.
Quando soube do caso, ligou para Porto Alegre e falou com Armando. Se tiver um imitador, as cosias ficariam quentes lá também. Já que a acareação para liberdade de Frederico seria em algumas semanas.
Guilherme estava indo para casa no final de mais um dia de trabalho quando passou numa das cafeterias do centro. Tomava um café e olhava as últimas noticias na televisão quando recebeu um telefonema.
- Guilherme tudo bem, meu? – era Tom
- Tom? Tudo quais são as novas, não me diga que vou virar tio, Sam... – mas ele não terminou de falar
- Guilherme, Armando me ligou. Precisamos de você aqui, aconteceu uma coisa com a Laura em São Paulo.
- Ela – seu coração acelerou
- Ela esta bem, mas ele voltou. O Coveiro.
Guilherme deixou uma nota de dez reais na mesa e saiu. Ele antes de ir para a casa de Tom e Samanta resolveu passar em outro lugar.
Caetano tinha levado Laura para sua casa e estava fazendo um café forte enquanto a via sentada no seu sofá com uma pequena manta sobre ela. Ela mordia o dedão da mão, bem na parte de cima de leve e passada o dedo no lábio inferior. Ele a conhecia tão bem, ela estava preocupada e alguma coisa muito seria tinha acontecido.
Quando ele colocou o café na mesinha ao lado do sofá ela deu um pulo e o olhou nos olhos. Ela não estava bem, mas também não dava chances de ajudá-la.
Sem pensar nas possibilidades ele ligou a televisão e as noticias locais chamaram a atenção de ambos.
Laura tinha a xícara nas mãos quando viu depois de mais de dois anos a imagem de Frederico na tela. Respirou fundo e por segundos fechou os olhos para lembrar-se de seu irmão e seus amigos que ele tinha matado. A noticia falava da relação dos assassinados em serie que tinham ocorrido há alguns anos na cidade de Porto Alegre que a detetive Laura esteve envolvida e sobre um possível imitador em São Paulo. Caetano olhava e não conseguia acreditar que ela não tinha falado sobre isso com ele. Quando começou a mostrar imagens do passado, de Laura sendo levada tirada de uma das cenas do crime e vários repórteres em sua volta, ela reconheceu o lugar.
- Por favor, desliga isso – falou e ficou em pé – preciso ir embora. As coisas vão ficar complicadas aqui – ela arrumava sua bolsa para sair e Caetano a segurou pelo pulso.
- Era isso Laura? Meu Deus, porque você não falou nada antes?
Laura não olhava Caetano, tinha os olhos com lágrimas. Estava assustada e tinha na mente as lembranças. Ela pegou sua arma e seu distintivo e se virou para sair, mas ele continuou segurando firme seu pulso.
- Vai fugir de novo? Laura por favor, o que você esta fazendo. Precisa se abrir com alguém. Eu conheço você.
- Desculpa, eu não consigo. Eu – ela deixou que ele a visse chorar, seus olhos pediam ajuda, mas ela tinha medo – não posso.
Ela soltou o pulso das mãos dele e passou a mão do seu rosto.
- Preciso ir, nos falamos depois certo? Sinto muito... – sussurrou para ele.
Ela saiu dali correndo deixando Caetano sem reação. Ele já não sabia o que fazer, mas não a deixaria ir embora. Pegou as chaves do carro e saiu correndo atrás dela.
Guilherme entrou no presídio e avisou o guarda que precisava falar com um dos prisioneiros da ala norte. Ele era advogado criminal e tinha muitos conhecidos dentro e fora dali. Era o responsável pela prisão do homem que veio ver. Ele tinha prendido o Coveiro.
Sentado na cela sozinho, o que era uma raridade nos dias de hoje, Frederico viu quando um dos guardas veio na direção da sua ala. Sentado com um grande sorriso no rosto, sabia o motivo da visita do doutorzinho. Antes do guarda abrir a cela ele guardou uma carta embaixo do colchão.
Guilherme o esperava na sala de interrogatório e o sorriso quando Frederico confirmou suas suspeitas. Era ele mesmo.
- Doutorzinho aqui na minha humilde casa? – falou arrogante Frederico
Guilherme esperou o guarda soltar as algemas e sair e levantou da cadeira. Andou até o presso e falou bem na frente do seu rosto.
- Vou dar um jeito de provar que você está envolvido e vou te manter aqui.
- Doutor esta pirando, faz dois anos que estou neste inferno por causa da sua amiguinha e nada vai me impedir de sair daqui. Eu disse para você, sem provas não terão como me manter presso. Eu sou inocente – ele tinha um ar debochado que irritada Guilherme.
Guilherme respirou fundo, não podia agredi-lo. Não nenhuma ordem judicial para estar ali.
- Eu vim apenas avisá-lo, Frederico e agora você já sabe.
Ele chamou o guarda e quando Frederico estava quase saindo da sala, empurrou com o cotovelo o guarda e foi até Guilherme e falou
- Mande lembranças a detetive Laura, esta tudo bem com ela?
Guilherme entendeu as palavras de Frederico e as suas insinuações. Pulou no pescoço dele com as mãos cerradas e ambos caíram sobre a mesa de investigação.
Armando entrou sala adentro e pegou Guilherme pelas roupas e o empurrou com força contra a parede. Frederico gritava que ia chamar seu advogado e ele mandou o guarda levá-lo de volta a sua cela.
Antes de sair Frederico falou
- Acho bom cuidar dela. Nunca se sabe São Paulo é muito perigoso...
Guilherme foi novamente para cima dele e Armando o pegou novamente pelas roupas e gritou
- Chega Guilherme é isso que ele quer. Fica calmo senão eu vou ter que prender você. Meu Deus – e virou para Frederico.
Armando era um homem bruto de quase um metro e noventa. Tinha um porte físico de presença que fez Frederico dar um passo para trás.
- Leva este canalha para a cela logo, o que você esta esperando? – gritou com o pobre guarda e que carregando o prisioneiro.
Guilherme pegou uma das cadeiras que estava derrubada no chão e sentou nela com as mãos nos cabelos e no rosto.
- Desculpa você tem razão, perdi a cabeça, mas
- Eu sei o que aconteceu em São Paulo, vamos precisamos ir à casa de Tom e Samanta. Eles estão nos esperando. As coisas estão ficando ruins. A impressa já sabe sobre o possível imitador. Ninguém falou com Laura ainda?
- Sabe se ela esta bem, se foi machucada? – perguntou Guilherme olhando Armando com apreensão.
- Claudio me disse que ela estava aparentemente bem. Mas ele ainda não tinha falado com ela. Parece que esta com seu parceiro. Vamos?
As últimas palavras de Armando machucaram Guilherme, mesmo longe de Laura dois anos ainda sentia por ela a mesma coisa que quando a conheceu na faculdade.
Laura estava na porta do prédio de Caetano quando percebeu que estava chovendo muito e recuou alguns passos para trás. Respirou fundo e ainda não sabia se ia procurar Claudio ou ia direto para o aeroporto.
Jane, Sam e até Armando já tinham ligado para seu telefone, mas ainda não estava pronta para contar o que tinha acontecido.
Olhou para trás e viu a porta do elevador fechada e respirou fundo, há dois anos como parceira de Caetano sabia de toda a sua dedicação com ela. Queria poder contar para ele o que estava acontecendo e ficar segura nos seus braços, mas tinha medo. Tinha algo ainda dentro do seu coração que ela não sabia como resolver.
Quando a porta do elevador abriu e Caetano saiu correndo de dentro do prédio ela já estava dentro de um taxi em direção ao aeroporto.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Coveiro 1.1

Capitulo - Desaparecida:  Iniciamos este novo livro com a primeira parte do capitulo onde encontramos nossa detetive Laura, em São Paulo, junto com seu parceiro Caetano, eles vão descobrir que o que parecia ruim pode ficar pior.



Laura estava com a cabeça baixa sobre os braços dobrados na sua mesa de trabalho. Já fazia dois dias que ela não ia embora.  Sobre a sua mesa estava uma dezena de fotos e reportagens de um desaparecimento de uma garota.
                Caetano tinha acabado de chegar e colocou sobre a mesa um grande copo de café preto que a fez despertar.  Seus olhos castanhos claros e seu sorriso de uma linha única não perdiam a beleza mesmo com inúmeras horas sem dormir ou comer. Ela deu uma leve ajeitada nos cabelos lisos e os prendeu de uma forma desajeitada.  Antes de Caetano falar qualquer coisa ela com um dos dedos pediu um minuto e tomou um gole do café.
- Então alguma novidade? Ontem fiz algumas ligações e não consegui nenhuma pista – falou Caetano sentando ao seu lado.
- Não sei essas ligações da casa da garota não nenhuma ligação com o desaparecimento. Não há motivos para uma garota sumir assim do nada. Seus pais não estão envolvidos em nada escuso. Ela não tinha amigos, namorado, não conhecia quase ninguém.  Precisamos voltar ao local onde ela desapareceu.
Laura levantou e andou até a janela do prédio da delegacia do centro de São Caetano, em São Paulo. Além do desaparecimento da garota Jennifer mais alguma coisa tirava o sono dela. Ela tinha o café nas mãos e girava o copo sem vontade de tomar. Caetano levantou e colocou uma das mãos no seu ombro.
- Vamos encontrá-la viva. Tenha fé Laura. – ele segurou seus ombros e a fez virar para olhar seus olhos. Ela ainda estava com a mesma expressão de antes.
Laura sorriu para ele e andou até sua mesa. Pegou a chave do carro e juntou rapidamente todos os documentos da mesa e colocou numa pasta.
- Vamos, se ela estiver viva temos pouco tempo. Não sabemos com quem estamos lidando.
- Tudo bem, mas amanhã você paga o café certo. Desse jeito vou falir Laura.
- Não pedi café Caetano, você comprou porque quis e ainda não trouxe nada para comer. Temos que passar no Dotuns. – falou dando seu sorriso irônico. Mas ela sabia que tinha algo que a estava incomodando a algumas semanas.
No caminho para o Parque da cidade de São Caetano Laura ficou o tempo todo olhando os papéis e pensativa.  Eles se conheceram a muito tempo quando ele veio transferido de Minas Gerais. Laura trabalhava sozinha e foi resistente quando Claudio o colocou como seu parceiro.
Ele ainda lembra-se dela furiosa na sala de Claudio jogando as coisas sobre a mesa dele, mas ele falou alguma coisa que a fez mudar de idéia. Até hoje ele nunca perguntou o que era. Nunca falava de onde veio e outras coisas que eles não tinham vivido juntos. Algumas vezes via Claudio conversando com ela na sua sala fechada, mas jamais ela deu abertura para perguntar sobre o que era.
Mas de algumas semanas para cá antes mesmo do desaparecimento de Jennifer ela andava diferente.  Caetano manteve uma das mãos na direção e com a outra fechou a pasta que estava no colo de Laura.
- Então quando vai me contar o que esta acontecendo? – falou um tom baixo.
Laura levou alguns segundos para ver que a pasta no seu colo estava fechada e direcionou seus grandes olhos castanhos para Caetano. Levemente uma das suas sobrancelhas levantou e ela riu.
- Por que acha que tem algo errado? – mas seu tom de voz era irônico – Tem uma garota desaparecida sem pista e você não acha que tenho motivos para ficar preocupada?
Laura levantou o tom da voz e ergueu as mãos para fazer a pergunta a Caetano. Ele voltou a olhar a estrada e falou um tom ainda mais baixo:
- Quando você vai perceber Laura, que as coisas que te afetam me afetam também? – ele parou o carro no acostamento – Se você não me contar o que esta acontecendo com você não vou poder te ajudar.
- Me ajuda se continuar dirigindo e acharmos logo no local do desaparecimento, certo?
Ele ia desistir mais uma vez, ela ainda não confiava nele. Não queria contar o que tinha acontecido e os reais motivos da sua preocupação com este caso. Mas eles não imaginavam que as coisas poderiam ficar piores.
Caetano chegou perto da praça de onde a Jennifer tinha desaparecido no último final de semana e viu uma grande agitação. Eles não tinham percebido que a praça estava cheio de pessoas num evento beneficente. Crianças, balões, cama elástica, música, tudo ao mesmo tempo e isso dificultaria as chances de ainda ter alguma pista.
- Caetano preciso voltar ao local onde ela foi vista pela última vez, você poderia ver as câmeras de segurança, pode ter passado alguma coisa?
- Certo – falou indo na direção contrária a Laura, mas voltou alguns passos – Toque cuidado certo?
- Tudo bem Caetano – falou rindo e apontando para um dos palhaços entre a multidão com as mãos na frente do rosto para cochichar – Suspeito? – e saindo balançando a cabeça.
A alguns metros um homem com uma fantasia de palhaço e com botas de borracha branca viu
Laura se afastando da multidão e indo na direção do fundo da praça. Entre o final da praça e a rua principal tinha um pequeno atalho que era usado por Jennifer todos os dias, até Sexta-Feira passada. Laura caminhava despreocupada e não percebia que estava sendo seguida.
Caetano entrou na sala de segurança da praça e pediu autorização para revisar os vídeos e ficou trabalhando enquanto via na tela principal Laura indo para o atalho da praça. Ele viu o palhaço indo na mesma direção, mas nem olhou por mais que dois segundos, a praça estava cheia e o atalho poderia ser o caminho de qualquer um.
Claudio era o chefe da equipe de investigação de São Caetano e trabalhava a alguns anos com
Laura e sua equipe. Estava preocupado porque ela não queria tocar no assunto da liberdade condicional de Frederico. Logo eles a chamariam para fazer acareação e dessa vez ela não poderia fugir.
Estava esperando na linha para falar com Samanta, amiga de Laura.
- Tudo bem, Sam? Como está Tom e as coisas ai na cidade?
- Tudo bem, Claudio, como esta Laura? Estamos tentando de todas as formas não divulga a data da nova acareação, mas nosso editor esta em cima. Logo será anunciado. Tentei falar com ela ontem, mas essa guria não volta para casa?
- Ela tem ficado direto aqui na Delegacia, esta envolvida com um desaparecimento de uma garota...
- Avisa ela que eu liguei, certo Claudio. Vou tentar falar com ela mais tarde. Tom manda lembranças e obrigada por cuidar da nossa amiga.
Caetano olhava os vídeos no servidor e não conseguia encontrar os de sexta-feira depois das 22h00min horas.  Parecia que as imagens tinham sido apagadas do servidor.
- Alguém teve acesso a esta sala além da empresa de segurança do parque? – perguntou ao responsável pelos vídeos. Ele tinha um crachá com o nome Jorge.
- Não, apenas nos temos acesso e a policia, ontem entreguei uma cópia dos arquivos a um colega seu da Delegacia.
- Colega? Quem veio aqui – perguntou Caetano levantando e olhando o vídeo onde antes via Laura.
Laura não estava mais na tela. Não havia ninguém mais no vídeo. O responsável pelos vídeos falava e Caetano tentava encontrar sua parceira nas outras telas, mas ela não estava em nenhuma.
- Esses vídeos – pegou Jorge pela camisa e apontou para as telas na sua frente -  têm como voltar alguns minutos? – quando ele confirmou que sim num movimento com o rosto, Caetano exigiu – então faça agora.
Saiu para a rua e tentou ligar para Laura com o rádio, mas estava sem sinal.
Laura estava seguindo exatamente a trilha de Jennifer quando encontrou próximo a uma saída do atalho uma pequena mancha de sangue em algumas folhas secas.  Tirou do bolso da calça jeans uma luva cirúrgica e guardou as folhas em um pequeno saquinho de provas.  Bem na sua frente ela viu uma tampa de um dos bueros mal fechada e saiu do atalho entrando na mata.
No seu encalce o homem com as botas de borracha branca a observava. Ela abriu a tampa do buero com esforço e desceu com uma lanterna nas mãos os degraus com cuidado. Quando chegou lá em baixo tentou falar com Caetano, mas o rádio estava sem comunicação. Antes de começar a caminhar com a arma engatilhada e a lanterna apontada para frente, um estalo de galhos quebrando chamou sua atenção para o buraco aberto do buero.  
- Oi? – gritou, mas ninguém respondeu. Pensou em voltar, mas alguma coisa chamou sua atenção, parecia uma pequena luz ou reflexo de algo no final do túnel. Ela foi adiante.
O túnel não parecia ter mais de alguns metros de comprimento, mas era apenas uma impressão errada, era longo e passava por baixo da praça. Ela conseguia escutar gritos e risadas das pessoas e não percebeu que a luz do túnel atrás tinha sido fechado.
Caetano tentava falar com Laura e não conseguia disfarçar a preocupação.  Entrou novamente e o rapaz logo apertou o play
- Veja, acho que isso é importante? – falou Jorge
Ele via Laura coletar algumas provas e seus olhos a via sumir na mata. Pensou consigo – Maluca – mas então seu coração acelerou quando viu o mesmo palhaço de antes tirar algo do bolso e ir atrás dela.
- Onde fica isso? – perguntou ao rapaz segurando seu braço
- Na ala norte, caminho principal a esquerda – respondeu enquanto Caetano engatilhava a arma e chamava por reforços no telefone. Ele não sabia se chegaria a tempo, mas correu o mais rápido que pode.
Laura seguia em frente quando escutou um barulho que fez sua espinha se arrepiar. Como se alguém riscasse as paredes com um grande ferro, o som era assustador e familiar. Perturbada Laura deixou cair à lanterna no chão e por alguns segundos não sabia mais para que lado estava  indo. Alguma coisa fez as luzes do túnel começar a piscar e outro som familiar atingiu como uma flecha Laura.
- Lauraaa – era uma voz mecânica. Chamando seu nome...
Laura via as imagens de dois anos atrás quando foi seqüestrada pelo Coveiro, que tinha assassinado mais de uma dúzia de mulheres e que a tinha levado para um velho deposito de vinhos. Ele riscava por fora do tonel onde ela estava pressa e tinha pouco espaço e ar.  Os fleches viam na sua mente e ela mantinha as mãos na cabeça ainda com a arma engatilhada.
Um barulho próximo fez seus músculos temerem e apontou a arma para a escuridão. Não tinha certeza se as coisas que escutava eram reais, pois sentia falta de ar.
- Não, não pode ser – sussurrava para si quando alguma coisa passou pelos seus cabelos e pode perceber uma respiração ofegante.
Laura apontou a arma novamente para o outro lado e andou alguns passos a frente. No escuro bateu em alguma coisa e caiu. Catou com as mãos sua lanterna que ainda estava ligada e quando a pegou e apontou para sua frente tinha um caixão com uma tampa de vidro.
Diante dos seus olhos ela via a garota morta com a boca aberta e as unhas em carne viva de tanto tentar arranhar o caixão.
Deu um grito e correu na direção contrária, sem saber para onde estava indo. Bateu em alguma coisa e caiu arranhando o rosto. Quando estava levantando alguém a pegou por trás e ela começou a lutar.
Continua...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Livro Novo - O Coveiro

Bem, vamos finalmente sair do armário. Chega de meias palavras ou de meras hitorias, de agora em diante seremos AC.

Teremos livros sobre tudo que mais amo: séries (fic´s), capitulos sobre a continuação de Bea&Ollie, muita música e muitos livros novos.

Hoje teremos uma música nova... pensa começo de filme.

Estamos em São Paulo, dia quente, dificil... Hum !
Laura, já tinha perdido muitas coisas, um parceiro, um amor ... depois de quase um ano, o assassinado volta.
Ela precisa voltar para a cidade natal. Mortes e uma sequencia de desaparecimentos. Você esta pronto?
Bem vindo - Iniciamos amanhã: O Coveiro

Boa Música, eu estou pronta !

AC Come Back

Não Olhe para Trás - Never