Eu ! - porque eu iria com eles, mas antes de qualquer reação minha. Ele me olhou diferente. Senti seus olhos me analisando e meu rosto ficou constrangido. Benjamim era o homem mais enigmático que eu já tinha visto, além de forte é claro.
- Você se machucou não foi ? - ele parecia calmo, mas eu ainda via o descontentamento dele.
Coloquei a mão no rosto e senti novamente o sangue descendo pela lateral no meu corpo. O casado azul de Samuel estava ensopado de sangue. Ele moveu a mão para me tocar e eu reagi dando um passo para trás. Eu não fazia ideia de quem era ele.. então.
- Olha tudo bem. Tem muito sangue, mas eu estou bem. Só falta uma coisa e eu já vou embora - eu disse me movendo
Ele deu um passo para trás e abriu caminho. Os homens estavam no chão alguns inconscientes e outros completamente apagados. Pareciam sem vida, mas o que estava com o meu papel, estava ali. Jogado sobre o balcão do bar.
Gregório que estava na porta do bar, era assim que o bonitão o chamou, olhou para mim e fechou a porta do bar. Ele não parecia preocupado com o que seu amigo tinha falado e tão pouco comigo. Ele tinha um garrafão de gasolina nas mãos e começou a ensopar o lugar com o liquido. Benjamim ficou escorado na mesa me observando e eu não gostei dessa sensação.
O caminhoneiro parecia não ter vida. Agora o observando de perto ele era branco como um papel e tinha a pele enrugada. Velha e inalava um cheiro ruim. Que nojo... mas era um cheiro conhecido... Por algum motivo eu não gostava das lembranças desse cheiro.
- Enxofre – ele disse e assim como Gregório começou a jogar um pó branco também pelo lugar, como ele viu que eu o observava, ele disse – Sal.
Eu voltei meus olhos para o homem deitado e pensei duas vezes antes de colocar a mão e o virar para pegar o que era meu. Quando eu puxei a abertura do bolso com uma caneta, eu vi algo que eu nunca pensei que fosse ver.
Mais rápido que eu pude reagir e que Benjamim pode chegar perto, o caminhoneiro segurou meu braço. Seu rosto estava deformado com pedaços da pele arrancados. Tinha sangue um sangue escuro escorrendo dos seus olhos vermelhos com as pupilas amarelas. Seus dentes mais pareciam uma serra do que dentes humanos. O halito era podre e eu gritava tentando soltar a mão dele do meu braço tentando impedi-lo de morder.
Isso foi apenas por alguns segundos até Gregório disparar um tiro certeiro e o sangue preto dele sujar meu rosto e o de Benjamim que estava a apenas alguns centímetros vindo na minha direção.
Senti meu corpo balançar e vi as marcas vermelhas no meu braço das mãos daquilo. Benjamim empurrou o corpo sem rosto para o chão e pegou o papel do bolso dele. Antes ele olhou para Gregório e fez um sinal de porque com as mãos. Como se ele pudesse ter resolvido isso.
- Era isso ? Bom, agora podemos ir ?
Por que ele achava que eu iria com eles ? Talvez, eu tinha lido sobre algumas coisas na agenda do meu pai e elas estavam acontecendo, quem quer que fossem eles poderiam me ajudar.
Eu não peguei o papel eu ainda tinha os olhos para aquela coisa que tinha tentando me atacar. Não era humano, era ? Eu não fiz a pergunta em voz alta, mas vi quando ele colocou o papel no bolso de trás da calça jeans e sentou do meu lado:
- Não, era um avatar. Uma das variações de …
- Eu não...
- Vamos sair daqui e um café vai ajudar – ele parecia ter me estendido a mão, mas eu ainda não estava disposta a aceitar a oferta.
A história me faz lembrar da série Supernatural e um pouquinho do livro If I Stay da Gayle Forman :)
ResponderExcluirBjs
Mel