Em algumas horas Ollie e Joaquim já estavam no laboratório. O sinal de Beatrice na máquina ainda bipava e deixava Ollie respirar. Por vezes o bipe acelerava e ele desejava de todo coração estar com ela.
Joaquim entregou uma arma a Ollie.
- Consegui o que queria, Valentim estava com o aparelho. Vou fazer funcionar uma única vez, certo. Vamos torcer para dar certo. Sabe que pode ir para qualquer lugar ?
- Se vai me levar para Beatrice, faça.
Uma luz envolveu Ollie e ele somente queria ver novamente os olhos de Beatrice.
As cenas na frente de Beatrice pareciam de um filme em câmera lenta. Viu Caio ir para o lado de Valentina. Ele se olharam por algum tempo e Valentina veio na direção de Beatrice. Com o lado de fora da mão acertou o rosto já machucado dela a fazendo bater contra a parede e cair no chão.
Caio foi na sua direção e Valentina o impediu de chegar perto dela.
- Você disse que não a machucaria, Valentina – afirmou Caio
- E você disse que estava comigo, não foi a cena tocante que vi a alguns minutos. Isso é para você aprender – disse Valentina indo na direção de Caio – Leve-a – ordenou a Jonas.
Beatrice deixou seu corpo leve enquanto Jonas a carregava pelo braço. Quando passou por Caio fez questão de olha-lo mais uma vez. Era para ele ter certeza que jamais, jamais o perdoaria.
Ollie abriu os olhos e estava ainda no laboratório. Mas confiava em Joaquim e ele estava certo. O aparelho o tinha levado para o lugar certo ou a dimensão certa. Como não tinha carro teria que ir a pé o lugar onde estava Valentina e seu maior objetivo: Beatrice.
Numa cela escura, Beatrice não sabia quando tempo já estava ali. Sentada com as pernas próximas ao peito, tinha vontade de chorar. Como pode ser idiota o suficiente para achar... Caio não era a pessoa que ela acreditou. Se tivesse lutado desde o inicio por Miguel como tinha em mente, talvez ele estivesse vivo.
Escutou um barulho na cela e levantou a cabeça e viu Caio entrar. Ele tinha algo nas mãos, era um pano úmido e tentou passar no seu rosto. Talvez para limpar o que ele mesmo tinha feito. Mas Beatrice o agrediu com as mãos e jogou o pano longe.
- Não toque em mim … - disse com os dentes cerrados
- Vou ajudar você a fugir … daqui uma hora alguém vai abrir a cela … - mas ele não terminou de falar.
- Não quero de você … sai daqui – foi na direção de Caio e apontou o dedo para ele.
Caio a empurrou contra a parede e a beijou. Ela reagiu e o empurrou com força, dando um soco no rosto. Quando Caio foi reagir por impulso, uma mão o impediu de atingi-la.
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