No laboratório Miguel correu para uma televisão e ligou. Via a imagem sem som de um grave acidente na auto estrada. Algo parecido com um tornado tinha atingido um posto de gasolina e ele o reconheceu.
Sentado com as mãos na cabeça ele sussurrou o nome de Beatrice. Joaquim se aproximou dele.
- Ela esta viva, não se preocupe - disse Joaquim
- Como … ?
Então Joaquim apontou para o ponto que bipava. Miguel fez um ar de incerteza. Beatrice era o ponto vermelho na tela ? - pensou juntando as sobrancelhas.
- Beatrice ?
O doutor apenas confirmou com a cabeça e colocou na mesa diante de Miguel alguns documentos. Quando abriu Miguel levantou os olhos e viu Joaquim indo em direção ao laboratório. Olhou novamente para os documentos que tinha nas mãos, era sobre Beatrice.
Antes do carro atingir Caio, ele olhou nos olhos de Beatrice e a viu vindo na sua direção. Com o choque seu corpo foi jogado para a lateral da pista.
Quando foi correr na sua direção, a explosão do carro que atingiu Caio jogou Beatrice a alguns metros de distância. Deitada no chão ela viu Caio levantar entre os destroços e se levantou também, mas diante dela um homem muito alto com aparência doentia de pele branca e olhos negros a olhava.
Beatrice deu um passo para trás e viu Caio correr na sua direção e o escutou gritar:
- Corra – e antes que ele terminasse ela já estava correndo. Mas Bea não chegou a dar alguns passos e aquela coisa a pegou pelo ombro e a jogou na direção dos carros em movimento na estrada.
Beatrice sentiu seu corpo sendo jogado e os cacos de vidro a cortando enquanto deslizava pelo asfalto. Antes de um carro a atingir Caio a segurou. Os carros que viam na direção freavam e colidiam atrás deles causando mais um engavetamento.
Caio mantinha Beatrice em pé segurando-a pela cintura com uma das mãos e com a outra ele tirou das costas uma arma diferente. Com cano grosso e curto ele mirou aquela coisa que vinha na sua direção.
O homem desviu do tiro de Caio e simplesmente sumiu diante dos olhos dele. Caio achou que Beatrice estava inconsciente, mas não. Eles se olharam por alguns segundos.
Beatrice fez sinal para Caio com os olhos e viram as luzes da policia vindo na direção de onde estavam. Era preciso sair dali.
Miguel deixou os papeis na mesa quando o bipe parou. Correu até o encontro de Joaquim:
- Precisamos encontra-la – disse Miguel
- Não será preciso, eles estão vindo para Armação.
O ponto vermelho já estava em movimento.
Caio parou o carro no acostamento alguns quilômetros de onde tudo tinha acontecido. Diante dele estava Beatrice e eles estavam prontos para toda a verdade.
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