- Precisamos conversar minha cara – disse Joaquim dando um passo para trás e olhando Beatrice nos olhos – Não temos tempo a perder, cada minuto aqui é muito arriscado para você.
Beatrice de longe pode ouvir as sirenes da policia e dos carros vindo na direção deles e percebeu movimentação de todos.
Antes de Caio, Miguel colocou uma das mãos nas costas de Bea e a indicou a direção do carro.
- Vamos entre no carro, vamos – falou Miguel que segurou a mão de Beatrice, mas ela largou sem que Miguel percebesse porque.
Ambos entraram no carro, assim como Caio e Joaquim. Caio arrumou o espelho e com as luzes do carro apagadas ele via no final da estrada as luzes dos carros vindo em sua direção.
Ele tentou encontrar os olhos de Beatrice, mas mais uma vez não encontrou nada. Seu coração estava acelerado e ele queria tirar Miguel aos socos do lado dela, mas Joaquim o alertou dos seus pensamentos.
- Vamos, rápido.
Neste momento, Beatrice buscava nos olhos de Caio segurança, mas não encontrou nada novamente. Tinha somente Miguel ao seu lado, mas ela não sentia mais a mesma coisa. Será que ele sentia algo ? Ou foi reação do momento ?
Já no laboratório Caio viu seu carro estacionado.
- Eles estão planejando alguma coisa – falou Caio para Joaquim.
- Vamos se alguém ver Beatrice será difícil explicar – disse Joaquim levando Beatrice para dentro rapidamente.
Valentim tinha levado, como pedido por Murilo, o carro de Caio para o laboratório. Lá em cima algumas luzes chamavam sua atenção. A porta do laboratório estava fechada e Valentim atirou contra a fechadura para arromba-la.
Quando a porta abriu um barulho alto ecoava dentro do prédio e ele via que vinha de uma máquina no final do corredor. Quando chegou perto com a arma em punho, na tela dois pontos vermelhos piscavam e estavam indo um na direção do outro.
Antes de subir o último degrau Caio percebeu que a porta estava aberta e arrombada. Tudo dentro do laboratório estava em silêncio. Engatilhou a arma e pediu que eles o esperassem ali. Olhou para baixo e seus olhos verdes encontraram os de Beatrice, pela primeira vez depois do beijo na estrada, mas Caio foi frio e imparcial.
- Limpo – gritou Caio de dentro do laboratório.
Beatrice passou por ele de olhos baixos e Caio sabia que não tinha tomado a decisão certa antes, tinha a magoado. Miguel por outro lado aproveitava a situação e gostava do que via.
- Beatrice, temos pouco tempo, precisamos conversar – disse Joaquim sentando no sofá.
Caio segurou o braço de Miguel:
- Vamos acho que eles precisam ficar sozinhos.
Mas Miguel reagiu e encarou Caio nos olhos. Ambos ficaram frente a frente e Beatrice pediu:
- Por favor, Miguel, pode esperar lá fora ?
Eles se foram para a outra sala.
- Então Beatrice, esta pronta para a maior viagem da sua vida ? - perguntou rindo Joaquim.
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